O futuro de Israel depende da próxima geração de evangélicos, dizem especialistas

A guerra que Israel vem travando contra o grupo terrorista Hamas, desde outubro do ano passado, quando o país foi invadido e teve centenas de civis brutalmente assassinados, fez com que o mundo voltasse seus olhos para o Oriente Médio, incluindo a comunidade evangélica, particularmente ligada à história e ao futuro do povo judeu.


Essa ligação não é por acaso, segundo especialistas ouvidos pela CBN News. Isso, porque, o apoio ao Estado de Israel oferecido por nações como os Estados Unidos, maior potência militar do planeta e onde a maioria é evangélica, é fundamental para a resistência israelense contra os inimigos que cercam o país.

Esse apoio, contudo, poderá não existir, caso os evangélicos da próxima geração deixem de enxergar Israel como a Nação que está legitimamente se defendendo dos seus agressores. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Dr. Kirill Bumin, reitor associado do Metropolitan College.

Em seu levantamento, os dados mostraram que o apoio a Israel entre os evangélicos americanos com menos de 30 anos caiu mais de 35% em apenas três anos, precisamente entre 2018 e 2021, um cenário que agora, na guerra contra o Hamas, pode estar ainda pior.


“A razão pela qual eu acho que os evangélicos mais jovens podem permanecer muito céticos, e não particularmente favoráveis a Israel, é porque eles estão sendo bombardeados com mensagens anti-Israel”, disse Bumin.

Ou seja, para o especialista, as mídias seculares e as redes sociais estão influenciando diretamente a percepção negativa dos jovens contra o Estado judeu, algo que pode ser observado pelo aumento do antissemitismo no mundo atual. “O que descobrimos nessa pesquisa foi que as atitudes se tornaram mais negativas em relação a Israel”, observa o pesquisador.

Futuro em risco?

Para Dr. Yoav Fromer, diretor do Centro de Estudos dos Estados Unidos da Universidade de Tel Aviv, a diminuição de evangélicos apoiando Israel, a partir dos Estados Unidos, poderá colocar o futuro do Estado judeu em risco.

Vale ressaltar que a concepção de “Israel” como Estado, aqui, não envolve necessariamente a noção bíblica, onde essa Nação é interpretada por muitos escatologistas como um símbolo da vindoura Terra Prometida.


Se trata, isto sim, de uma concepção política e geográfica. “Sem os Estados Unidos, Israel não existirá, e eu digo isso como um israelense”, disse Fromer. “Não sei se meus filhos terão um país para morar”.

A posição dos especialistas é um indicativo do motivo pelo qual, agora, os israelenses estão determinados em eliminar o Hamas e seus aliados, pois não se trata, apenas, de vingar a morte dos seus civis, mas de garantir o futuro do próprio Estado, independentemente dos apoios externos.

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